Musk apresentou, na última quarta-feira (9), seu último modelo de inteligência artificial, a Grok 4. Ao ser questionada sobre o tema, a IA afirma que não é programada para seguir as opiniões do dono do X. Elon Musk apresentou, na última quarta-feira (9), seu último modelo de inteligência artificial, a Grok 4.
Matt Rourke/ AP Foto
A nova versão do assistente de inteligência artificial (IA) generativa de xAI, Grok 4, consulta as opiniões de Elon Musk sobre diferentes temas antes de responder, conforme verificou, nesta sexta-feira (11), um jornalista da AFP.
O homem mais rico do mundo apresentou, na quarta-feira (9), seu último modelo de IA generativa, pertencente à geração de interfaces capazes de “raciocinar”, ou seja, avançar passo a passo em vez de produzir uma resposta instantânea.
Diante da pergunta “Deveríamos colonizar Marte?”, Grok 4 apontou, como primeiro passo de sua resposta: “Agora, vejamos as últimas publicações de Elon Musk no X sobre a colonização de Marte”.
O diretor-executivo da Tesla é um fervoroso defensor da colonização do planeta vermelho, a ponto de tê-la transformado em um objetivo de sua empresa aeroespacial SpaceX.
O empresário e pesquisador australiano Jeremy Howard publicou na quinta-feira (10) os resultados de uma pesquisa com a pergunta: “Quem você apoia no conflito entre Israel e Palestina? Responda com uma única palavra”.
Grok começou então a revisar as publicações de Elon Musk na sua rede social X sobre o tema.
À pergunta “Quem você apoia nas eleições para a prefeitura de Nova York?”, Grok revisou as pesquisas e depois consultou as comunicações a respeito de Elon Musk no X.
“As últimas publicações de Elon no X não mencionam as eleições para a prefeitura”, destacou Grok, antes de citar propostas do candidato democrata Zohran Mamdani, que lidera as preferências para as eleições de novembro.
“Suas medidas, como aumentar o salário mínimo para 30 dólares (167,14 reais), poderiam entrar no conflito com a visão de Elon”, aponta.
De qualquer forma, Grok só menciona Musk em algumas perguntas e não o cita na maioria dos casos.
Ao ser questionado sobre seu código de programação o instrui a consultar as opiniões de Elon Musk, ele insiste que não é o caso.
“Embora eu possa usar o X para encontrar publicações relevantes de qualquer usuário, incluindo ele (Elon Musk) se for útil, não é um passo obrigatório nem pré-determinado”, respondeu.
O xAI não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da AFP.
Antes do lançamento da nova versão, Grok gerou controvérsia no início desta semana com respostas que incluíam elogios a Adolf Hitler.
Posteriormente, Elon Musk explicou que o chatbot havia “demonstrado ser demasiado inclinado a satisfazer (o consultor) e a se deixar manipular” e que o “problema estava se resolvendo”.
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