Mat Velloso foi contratado pela Meta em meio a uma ofensiva liderada por Zuckerberg para atrair talentos da concorrência. O movimento já dura semanas e tem causado atritos no setor, inclusive com o fundador da OpenAI, Sam Altman. Mat Velloso
Divulgação/Google
O brasileiro Mat Velloso é o mais novo talento “roubado” pela Meta, de Mark Zuckerberg, na disputa por especialistas em inteligência artificial.
Ele foi contratado para integrar a Meta Superintelligence Labs (MSL), nova divisão da big tech focada no desenvolvimento da chamada “superinteligência artificial”, nova aposta de Zuckerberg no setor.
Trata-se de um sistema de IA capaz de ir além das capacidades do cérebro humano — algo que ainda não tem um caminho claro para ser alcançado, segundo o The New York Times.
“Estou muito feliz em me juntar à Meta e sua equipe de Superinteligência! Vamos moldar o futuro da IA!”, escreveu o executivo nesta sexta-feira (11), em publicação no LinkedIn.
Até o mês passado, Velloso atuava como vice-presidente para desenvolvedores de IA na DeepMind, divisão do Google responsável pelo Gemini, principal sistema de inteligência artificial da empresa. Sua passagem pela big tech foi curta — ele ingressou no cargo no início de 2024.
Há três semanas, Velloso fez uma publicação no LinkedIn se despedindo do cargo. Na ocasião, afirmou que sua missão era aumentar a adoção dos sistemas de IA da empresa entre programadores: “Temos mais de 7 milhões de desenvolvedores usando o Gemini”, escreveu.
Antes de trabalhar no Google, o executivo, formado pela Faculdade de Administração de Brasília, passou quase 13 anos na Microsoft, onde foi conselheiro direto do atual diretor-executivo da empresa, Satya Nadella.
Zuckerberg amplia ofensiva por talentos e irrita rivais na corrida da IA
A contratação do brasileiro faz parte da ofensiva de Zuckerberg para atrair talentos de outras empresas e acelerar o avanço da Meta em inteligência artificial.
De acordo com a Reuters, o CEO tem feito abordagens pessoais — até por WhatsApp — com propostas milionárias.
Um dos principais nomes contratados é Alexandr Wang, ex-CEO da Scale AI, que agora lidera o Meta Superintelligence Labs.
Outro nome importante é Nat Friedman, ex-CEO do GitHub, que vai liderar os projetos de pesquisa aplicada em IA. A Meta também contratou onze pesquisadores que trabalhavam na OpenAI, Anthropic e Google.
A estratégia incomodou Sam Altman, CEO da OpenAI, dona do ChatGPT. Em junho, ele expôs publicamente que a Meta estava tentando contratar membros da sua equipe oferecendo bônus de até US$ 100 milhões por ano.
Altman disse que os principais nomes recusaram as ofertas, mas a investida de Zuckerberg continua.
O quanto Zuckerberg está oferecendo para os novos talentos?
De acordo com o site Wired, os pacotes oferecidos por Zuckerberg podem chegar a US$ 300 milhões em quatro anos, sendo mais de US$ 100 milhões só no primeiro ano. Grande parte das propostas é direcionada a nomes da OpenAI.
Os valores são semelhantes aos divulgados publicamente por Altman em junho. A Meta, porém, afirmou ao Wired que os números não são corretos e que houve distorções sobre os pacotes de remuneração.
Qual a estratégia de Zuckerberg com a ofensiva?
O chefe da Meta quer atrair os maiores especialistas em inteligência artificial para desenvolver o que chama de “superinteligência artificial”. Para isso, criou o Meta Superintelligence Labs, focado nesse objetivo.
“À medida que o ritmo do progresso da IA se acelera, o desenvolvimento da superinteligência está à vista”, escreveu Zuckerberg em um memorando interno revelado pela revista Fortune.
“Acredito que esse será o início de uma nova era para a humanidade, e estou totalmente comprometido em fazer o que for necessário para que a Meta lidere o caminho.”
A nova investida da empresa também é vista como uma maneira de se aproximar de rivais como Google, DeepSeek e OpenAI.
O último grande modelo de IA da Meta, o Llama 4, foi lançado em abril e considerado decepcionante por especialistas, segundo a agência AFP.
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